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Abertas ao público em geral, reunião de hoje recebeu visitantes

Os acadêmicos juvenis podem até ter estranhado o tema da aula de hoje quando receberam o cronograma na semana passado. Mas ao se reunirem na tarde desta quinta-feira (19), puderam perceber como a cidadania está mais ligada à literatura do que imaginam.

A coordenadora da Escola do Legislativo, Madu Macedo, foi a responsável por conduzir os trabalhos da segunda reunião dos estudantes neste ano. Antes de tratar propriamente de literatura, Madu conversou com os acadêmicos sobre o processo de formação da cidadania.

De acordo com relatos de diversos historiadores, a condição de ser cidadão só existe de forma plena quando há perfeita sintonia entre os direitos civis (liberdade de expressão, de ir e vir, etc), políticos (possibilidade de votar e ser votado, participação na vida política) e sociais (emprego, salário, saneamento).

Diferente dos países colonizados pela Espanha, o Brasil, enquanto colônia de Portugal não teve permissão para ter universidades instaladas em seu território. Com um povo educado de forma submissa pelos colonizadores, o país conquistou primeiro seus direitos sociais e, tardiamente, passou a ter os direitos civis e políticos garantidos.

Madu Macedo ainda comentou que a cidadania está intimamente ligada à sensibilidade, característica predominante em diversos autores que se engajaram, por meio de suas obras, nos mais variados debates sociais.

Ao definir o sentimento de cidadania, a coordenadora da Escola também citou a relação com o outro, assunto que quem domina bem é a psicóloga Andréa Carvalho. Além de estar com os acadêmicos como professora, ela também é aluno assídua dos encontros da Academia Juvenil.

Andréa pediu para falar com os estudantes e para encerrar leu com eles o texto “Memória inventada” do escritor Manoel de Barros. Com o texto, os acadêmicos puderam perceber os elementos sensíveis da palavra, proposta da psicóloga durante as aulas, além de estabelecerem interação entre eles, característica da cidadania de Madu Macedo.

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Leidiana Palma
Estagiário: Márcio Borges
ASCOM/Câmara